São Paulo não faz mais do que a obrigação. Mas foi um progresso

O São Paulo faz uma temporada muito fraca. Resultados medíocres nos primeiros jogos da Libertadores fazem com que a equipe já esteja ameaçada de cair logo na primeira fase. Mesmo no Paulista, a classificação veio mais pela incompetência dos concorrentes do que por méritos próprios. Tanto que deve passar em segundo lugar na chave e decidir uma vaga na semfinal longe do Morumbi.

Mas a noite de terça-feira foi diferente. Justamente na volta ao Morumbi pela Libertadores, o São Paulo teve a melhor atuação do ano até aqui. É bem verdade que não fez mais do que a obrigação ao massacrar o fraquíssimo Trujillanos. Mas a expectativa antes do jogo não apontava muito para isso.

Bauza fez algumas alterações no time titular. Colocou João Schmidt no lugar de Thiago Mendes, e Kelvin aberto pela ponta no lugar de Daniel. Ganhou qualidade no meio de campo, e velocidade no ataque. Kelvin ainda foi fundamental na marcação pressão exercida pelo time na maior parte do tempo, fundamental na construção do placar. Em 25 minutos, já estava 3 a 0, gols de Calleri, Kelvin e João Schmidt.

Foto: Rubens Chiri/S]ao Paulo FC

Com Ganso mantendo seu bom padrão de atuações, o jogo fluiu de uma maneira que não tinha acontecido em 2016 ainda. O time coletivamente foi bem, jogou com a bola no chão, movimentando, com triangulações, algo que não existia antes.

O atropelamento continuou no segundo tempo, mas com show particular de Calleri. Fez o quarto de pênalti, o quinto, aproveitando rebote de um pênalti mal batido por ele mesmo, para manter o padrão são-paulino na temporada, e o sexto, após bom passe de, creiam hereges, Lucão.

Foto: Rubens Chiri/S]ao Paulo FC

O 6 a 0 não melhora muito a situação do time na tabela. Ainda precisa ganhar do River Plate no Morumbi e o The Strongest na altitude de La Paz. Mas dá uma moral e uma esperança que não existia pelos lados do Morumbi.

Bater no bêbado pode ser um progresso em algumas ocasiões.