Ao final da primeira partida da decisão da Copa Sul Americana, é possível que agora há um favorito para a conquista do título.
O River Plate, de Marcelo Gallardo, arrancou um bom empate contra o Atlético Nacional em 1 a 1 no estádio Atanasio Girardot e precisa de uma vitória simples no Monumental de Nuñez para voltar a erguer um troféu continental após 17 anos.
Mas se o jogo terminou empatado, por que diabos o escriba está apontando o conjunto argentino como favorito?
Porque o River Plate mostrou a maturidade dos grandes campeões. O Atlético Nacional entrou em campo muito bem armado e disposto a colher frutos na tradicional pressão nos primeiros minutos de jogo. Apostando tudo nas jogadas pelas duas pontas, o time colombiano sufocou os millonarios no seu campo de defesa. Cardona acertou a trave de Barovero em cobrança de falta, Ruiz e o mesmo Cardona estiveram a um palmo de completar um cruzamento para as redes. Tudo isso em 16 minutos.
O River só conseguiu ver de perto o goleiro Armani aos 31, quando Vangioni cruzou para uma boa intervenção do arqueiro verdolaga antes de a bola chegar a Teo Gutiérrez.
Mas três minutos depois, o arisco Berrío avançou mais uma vez pela ponta direita e, ao invés de cruzar, decidiu chutar direto para o gol. Placar aberto e festa na Colômbia.
Ao River, restou segurar o restante da pressão até o fim da primeira etapa.
No segundo tempo, Gallardo arrumou sua equipe e mandou a campo um novo River Plate. Teo Gutiérrez deixou de ser um atacante parado na área para se deslocar mais pelo setor ofensivo, dando mais opções de passe a seus companheiros. Com isso, os argentinos tiveram mais domínio de bola no meio de campo. E, mais agressivo, quase empatou aos dois minutos, com Carlos Sanchez.
Como resultado, o gol. Pisculichi, o mesmo que decidiu a classificação contra o Boca Juniors, acertou mais um belo chute da entrada da área e igualou o placar.
A partir daí, as duas equipes passaram a buscar o gol da vitória. O Atlético Nacional, pela necessidade de vencer em casa. O River Plate, pelo melhor momento vivido em campo. Apesar de algumas chances criadas de lado a lado, ninguém conseguiu ameaçar demais os goleiros adversários.
E tudo será decidido na próxima quarta-feira (10), em Buenos Aires. Quem vencer, é campeão. Novo empate, não importa por quanto, leva a decisão para os pênaltis. Em finais, a Conmebol desqualifica a regra do gol marcado fora de casa como critério de desempate.