Os clássicos disputados entre Boca Juniors e River Plate duram muito mais do que 90 minutos. Começam sempre na segunda-feira que antecede a partida. Em 2014 não foi diferente. A disputa entre millonarios e bosteros já começou, só que bem longe do gramado do Monumental de Nuñez. No escritório da AFA, em Buenos Aires, Boca e River já começaram a duelar nos bastidores para ver quem será o árbitro da partida.
A Associação de Futebol Argentina decide sempre os juízes dos jogos do KIRCHNÃO às terças-feiras. E nesta segunda (29), os dirigentes dos dois clubes já começaram a colocar pressão nos cartolas e nos árbitros.
O Boca Juniors pediu que a AFA excluísse Nestor Pitana da partida. Já o River Plate não quer Germán Delfino apite o jogo.
E por que? O Boca reclama que Pitana errou demais no último jogo contra o River, em La Bombonera, vencido justamente pelos millonarios. A principal reclamação azul y oro foi no lance que gerou o segundo gol da vitória do River por 2 a 1, quando Pitana marcou escanteio para o River após a bola bater em um jogador millonario. Na cobrança, Funes Mori decretou a vitória dos visitantes.
E o River, o que tem contra Germán Delfino? Delfino apitou os dois superclássicos disputados em 2013, com um empate e uma vitória do Boca. E polemizou no empate disputado em maio em La Bombonera, ao expulsar o então técnico do River, Ramón Diaz, por reclamação, ganhando assim a simpatia da direção millonaria.
Com isso, o sorteio para saber quem será o apitador do superclássico argentino deverá ter no pote os nomes de Mauro Vigliano e Diego Abal.Vigliano é um árbitro jovem, enquanto Abal quase foi selecionado para a Copa do Mundo, mas também já protagonizou uma forte discussão com Carlos Bianchi, em um jogo contra o River Plate em janeiro deste ano.
Não importa quem seja, o juiz já é um dos personagens do superclássico deste domingo.