Brasileiro/Futebol

O bonde do Mengão sem freio

Após a chegada de Vanderlei Luxemburgo, o Flamengo conseguiu se recuperar no PODOLSKÃO 2014 e a zona de rebaixamento, que um dia foi companheira, agora é apenas uma lembrança distante.

Mas a boa campanha no campeonato nacional cobrou um preço. Ao poupar jogadores na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, o rubro-negro apanhou do fraco Coritiba por 3 a 0 e se complicou no mata-mata que dá uma vaga para a próxima Libertadores.

Para reverter a vantagem do adversário, o Flamengo fez a única coisa que se espera de um time desesperado e com necessidade de uma grande vitória. Foi ao ataque desesperadamente. Correria desenfreada, pressão na saída de bola e o goleiro coxa-branca Vanderlei se viu cercado de camisas vermelhas e pretas ao seu redor.

A pressão desenfreada não dava frutos até o Sobrenatural de Almeida resolver interferir nos fatos que encaminhavam à classificação do Coritiba no Maracanã. Primeiro, Luiz Antonio deslocou o ombro e foi substituído pelo titular Leo Moura. Depois, Paulinho se machucou e deu lugar a Everton, outro que normalmente é titular. E, antes do apito final da primeira etapa, Leo Moura cruzou para João Paulo, que acabou derrubado dentro da área por Zé Love. Alecsandro converteu o pênalti e incendiou o Maracanã.

Foto: Flamengo

Foto: Flamengo

Na segunda etapa, Luxemburgo colocou em campo Eduardo da Silva no lugar do inoperante Gabriel. E nova pressão para cima do Coritiba, que culminou em novo pênalti aos nove minutos, após a bola bater no braço de Norberto e o juiz achar correto apontar a marca de cal. Alecsandro novamente marcou.

Ainda faltava um para o Flamengo levar a disputa pela vaga às penalidades. E o gol veio quando Everton começou a jogada que terminou no gol de Eduardo da Silva, aos 35 minutos.

Cansado, o Flamengo ainda tentou o quarto gol nos dez minutos finais, mas sem a eficiência e fôlego necessários. Abalado, o Coritiba já queria as penalidades, apostando na qualidade de Vanderlei.

E, nas cobranças diretas, quem brilhou foi o goleiro Paulo Victor, que viu o Coxa desperdiçar quatro penalidades. Agora, o Flamengo vai enfrentar o América de Natal, que eliminou o Atlético Paranaense.

Foto: Flamengo

Foto: Flamengo

Falando em milagre, outro que conseguiu algo parecido foi o Botafogo. Após perder em casa para o Ceará por 2 a 1, o time da estrela solitária conseguiu uma virada improvável e polêmica no Castelão. O triunfo por 4 a 3 só veio nos acréscimos, com gols aos 48 e 49 minutos do segundo tempo. Nas quartas, o Botafogo pegará o Santos.

Já o Corinthians passou como um caminhão desgovernado por cima do Bragantino. Se o histórico recente dava esperanças ao time do interior paulista (não perdia desde 2010), os comandados por Mano Menezes trataram de acabar com qualquer expectativa de zebra em menos de vinte minutos. Foi o tempo necessário para uma formação bem ofensiva e sufocante marcar três gols no Itaquerão, por meio de Renato Augusto, Ralf e Felipe, os dois últimos de cabeça aproveitando boas cobranças de escanteio do autor do primeiro gol.

Mas a grande atuação corintiana durou apenas 45 minutos. No segundo tempo, com a classificação já encaminhada, voltou a ser o velho time sonolento e acomodado dos últimos meses. Ainda tomou o gol de honra do Bragantino, mas foi às quartas de final da Copa do Brasil com muita tranquilidade. E esperança ao torcedor, que agora sabe que o time é capaz de apresentar um grande futebol. Na próxima fase, vai enfrentar quem passar do confronto entre Atlético Mineiro e Palmeiras. Na primeira partida, em São Paulo, os mineiros venceram por 1 a 0.

Classificação tranquila também quem teve foi o Cruzeiro, que despachou o fraco Santa Rita ao vencer o jogo de volta por 2 a 1 e amassar o adversário na ida por 5 a 0. Nas quartas, pegará o ABC de Natal.

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