Futebol

Uma lenda em 90 minutos

Djalma Santos é ídolo de vários clubes no Brasil, destacadamente de Palmeiras e Portuguesa. Se consagrou com a seleção brasileira, além de ter uma passagem pelo Atlético Paranaense no fim da carreira. Se notabilizou não só pela técnica e pela força física, mas também pelo fato de ser um jogador leal, nunca recebeu um cartão vermelho na carreira.

Começou como volante na Lusa, mas partiu para a lateral direita quando o time contratou Brandãozinho. Na nova posição, se tornou um dos maiores da história. Afinal, tinha a técnica apurada de um meio campista aliada a uma força física invejável. Cada arremesso lateral era praticamente um cruzamento. E graças ao seu fôlego, foi um dos primeiros laterais a atacar e defender com a mesma eficiência.

Foto: Arquivo O Globo

Foto: Arquivo O Globo

Esteve nas Copas de 1954 e 1958, sempre como reserva. A exceção foi na final da Copa de 1958, contra a Suécia, quando Djalma ganhou a posição de De Sordi. Sua atuação naquele jogo foi tão monstruosa que, mesmo tendo disputado uma única partida, foi escolhido o melhor lateral direito do mundial. As provas estão no vídeo abaixo. E uma lenda foi criada em apenas 90 minutos.

Já como titular absoluto, foi bicampeão do mundo no Chile em 1962 e esteve no grupo que naufragou na Inglaterra em 1966. Abandonou a carreira em 1972, aos 42 anos, após ganhar mais um título estadual com o Atlético Paranaense. Antes, fora campeão paulista e brasileiro três vezes pelo Palmeiras, além de ter vencido um Rio-São Paulo pelo alviverde e outros dois pela Portuguesa.

No Palmeiras, é o sétimo jogador que mais vestiu a camisa do clube, com 498 jogos.

Foto: Reprodução/Revista do Esporte

Foto: Reprodução/Revista do Esporte

Infelizmente, Djalma Santos não resistiu a complicações causadas por uma pneunomia e morreu aos 84 anos nesta terça-feira (23).

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