O Borussia Dortmund tinha tudo para ter problemas contra o Real Madrid na primeira partida da semifinal da Champions League. O ambiente estava desestabilizado pelo anúncio da venda do seu principal jogador, Mario Götze, ao rival Bayern.
Tanto que o assunto de todas as entrevistas pré-jogo foi exatamente esse. Ninguém queria saber como os comandados de Jurgen Klopp iriam jogar, apenas como ficou o ambiente com a oficialização da saída de um dos principais jogadores do elenco.
Mas em campo, parecia que nada tinha acontecido. Götze foi provavelmente o sujeito que mais correu em campo, se movimentando por todos os lados, confundindo a marcação dos merengues.
E o resto do time também correu, se movimentou, marcou forte sob pressão. O resultado foi o mesmo obtido pelo Bayern contra o Barcelona. Quatro gols marcados e uma goleada contundente que praticamente coloca os alemães na grande decisão da Champions League.
Para ajudar, o Real Madrid de José Mourinho foi ingênuo. Entrou em campo achando que seria fácil, colocando Modric no meio de um quadrado formado por Xabi Alonso e Khedira atrás, e Özil e Cristiano Ronaldo na frente, abastecendo o centroavante Higuaín. O croata, fundamental para dar velocidade ao jogo, não viu a cor da bola. Assim como o Real Madrid, que teve posse de bola inútil, tal qual o Barcelona.
E o Borussia Dortmund foi eficiente. Götze, Reus, Gundogan e Kuba distribuíram bem o jogo. E todas as bolas chegavam em condições de finalização para Robert Lewandowski. O centroavante polonês não perdoou. Marcou os quatro gols do seu time no jogo. O Real Madrid de José Mourinho vê o sonho da décima conquista muito mais distante.
A atuação dos alemães, campeões em 1997, só não foi perfeita porque Hummels falhou no primeiro tempo, perdeu a bola para Higuain, que encontrou Cristiano Ronaldo livre na área para marcar o único gol do Real Madrid.
Gol que dá alguma esperança de milagre merengue na próxima semana no estádio Santiago Bernabéu. Uma vitória por 3 a 0 coloca o time de José Mourinho na final.
A questão é: Será possível? Eu não acho. O futebol mundial parece conhecer uma nova dinastia.